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Ilha das Abelhas

  • Foto do escritor: Renato Machado
    Renato Machado
  • 7 de jul. de 2023
  • 3 min de leitura

Localizado em Ilhabela, a Ilha das Abelhas é um projeto que se dedica à criação de abelhas nativas sem ferrão, também conhecidas como meliponíneos. Ele foi idealizado e é dirigido por Guilherme Moleiro, agrônomo, que através da prática da meliponicultura, busca preservar as espécies e difundir a importância das abelhas na proteção da biodiversidade, com conteúdos e parcerias focadas especialmente na educação e sustentabilidade.


Com sua experiência e paixão pelas abelhas, Guilherme tem aproximadamente 80 colmeias de várias espécies, incluindo Jataí, Mandaçaia, Bugia, Mirim, Boca de Sapo, Tubunas e Iraí e busca expandir seu alcance tanto nas aulas ministradas nas escolas quanto no atendimento aos interessados em criar novas matrizes.


A prática de criação de abelhas por comunidades no Brasil, onde espécies nativas são tradicionalmente criadas, já existe há tempos. No entanto, um projeto voltado para conteúdos educativos sobre a meliponicultura surge como uma proposta inovadora.


Existem mais de 30.000 espécies de abelhas no planeta, sendo que aproximadamente 80% delas são insetos solitários e cerca de 10% são sociais. No Brasil, há uma diversidade significativa de abelhas, com cerca de 240 espécies sociais catalogadas, conhecidas como ASF (Abelhas Sem Ferrão).


As abelhas nativas são criadas em um ambiente adequado com a finalidade de preservar suas características e comportamentos naturais. Vale destacar que todo o manejo realizado é feito de acordo com as leis e licenças aplicáveis, garantindo a continuidade da atividade.


Através de aulas interativas e envolventes, a Ilha das Abelhas se tornou um projeto que leva às escolas uma forma didática e real de se aprender sobre o fascinante mundo desses insetos e sua importância. As abelhas sem ferrão, além de serem seguras para manuseio, são especialmente cativantes para as crianças, proporcionando uma oportunidade única de envolvimento.


Com as atividades práticas, como a observação de colmeias e a confecção de peças artesanais, as crianças se envolvem ativamente no processo, despertando um interesse genuíno pelo tema. Isso fortalece a ideia de que é fundamental envolver as novas gerações na compreensão da importância das abelhas e na adoção de práticas sustentáveis ​​que ajudem a protegê-las.


Além disso, Guilherme tem um conteúdo acessível e está disposto a compartilhar seu conhecimento com aqueles interessados em criar suas próprias matrizes. Assim, o projeto vem se tornando uma grande fonte de pesquisas e estudos cada vez mais completos. Acompanhar o ritmo, a reprodução, como se protegem e formam suas colmeias faz parte do entendimento de comportamentos e padrões desses insetos.


É uma proposta de alto investimento, que requer responsabilidade e cuidado para proteger tanto as abelhas quanto a comunidade em geral. A criação pode ter também um fim comercial, porém há um processo bastante burocrático, com uma série de regulamentações e procedimentos que devem ser seguidos para garantir que a atividade seja realizada de forma segura.


Ir além da criação de abelhas e de uma possível atividade comercial e englobar uma perspectiva mais ampla de conhecimento, educação e pesquisa, se tornando inspiração para estudantes, pesquisadores e entusiastas interessados no mundo das abelhas e sua relevância para o equilíbrio ecológico.


Com o compromisso em promover a reeducação sobre o tema, a Ilha das Abelhas tem potencial para ampliar sua atuação, alcançando mais escolas, mais lugares e mais pessoas.

Espera-se assim, que haja conscientização e proteção, afinal, as abelhas são fundamentais para a manutenção da biodiversidade, a polinização das plantas e a saúde do ecossistema como um todo.





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